Journal du Club des Cordeliers - Lula renova pedido de suspensão de tarifas em encontro com Trump

Lula renova pedido de suspensão de tarifas em encontro com Trump
Lula renova pedido de suspensão de tarifas em encontro com Trump / foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS - AFP

Lula renova pedido de suspensão de tarifas em encontro com Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva instou, neste domingo (26), seu contraparte americano, Donald Trump, a suspender as tarifas sobre os produtos brasileiros, durante uma reunião na Malásia, indicou o ministro das Relações Exteriores do Brasil.

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O chanceler Mauro Vieira disse a jornalistas que Trump e Lula instruíram suas equipes a iniciar, ainda neste domingo, as negociações sobre as tarifas de 50% que os Estados Unidos impuseram às exportações brasileiras.

Os dois mandatários se reuniram à margem da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), que está sendo realizada em Kuala Lumpur.

No encontro, Lula "renovou o pedido brasileiro de suspensão das tarifas impostas à exportação brasileira durante um período de negociação" entre os dois países, afirmou Vieira.

"O presidente Trump declarou que dará instruções a sua equipe para que comece um processo, um período de negociação bilateral, que deve se iniciar hoje ainda, porque é para tudo ser resolvido em pouco tempo", afirmou Mauro Vieira.

O chanceler indicou, ainda, que o presidente brasileiro pediu ao seu contraparte americano que suspendesse a aplicação da lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, sua esposa e outros brasileiros.

Esta lei permite ao governo americano sancionar indivíduos que considera ligados a violações de direitos humanos ou corrupção.

Moraes esteve envolvido no processo judicial que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentar impedir a posse de Lula após as eleições de 2022.

A condenação de Bolsonaro, amigo pessoal de Trump, levou o mandatário americano a impor tarifas de 50% ao Brasil.

Vieira insistiu que essa medida comercial "não é justa" porque o Brasil tem um déficit em sua balança comercial com os Estados Unidos.

"Vamos ter negociações com vistas à suspensão das tarifas visto que elas são aplicadas a um país que não tem um superávit com os Estados Unidos, e sim um grande déficit e, portanto, não é justa essa imposição dessa tarifa", ressaltou Vieira.

R.Robin--JdCdC