Journal du Club des Cordeliers - Colômbia não descarta dar asilo a Maduro se ele deixar o poder, diz chanceler

Colômbia não descarta dar asilo a Maduro se ele deixar o poder, diz chanceler
Colômbia não descarta dar asilo a Maduro se ele deixar o poder, diz chanceler / foto: Juan BARRETO - AFP/Arquivos

Colômbia não descarta dar asilo a Maduro se ele deixar o poder, diz chanceler

A Colômbia não descarta dar asilo ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se ele concordar em deixar o poder em meio a pressões dos Estados Unidos, assegurou a chanceler colombiana nesta quinta-feira (11).

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O presidente colombiano, o esquerdista Gustavo Petro, pede uma transição democrática em Caracas, em meio a tensões entre Maduro e seu par americano, Donald Trump.

A chanceler colombiana, Rosa Villavicencio, manifestou que seu país poderia dar asilo ao presidente venezuelano caso chegue a um acordo com Washington.

"Se essa saída implicar que ele deve viver em outro país ou pedir proteção, então a Colômbia não teria porque lhe dizer não", disse a diplomata em entrevista à rádio Caracol.

O governo colombiano se opõe ao destacamento militar e aos bombardeios dos Estados Unidos no Caribe para combater o narcotráfico, e pede diálogo entre os líderes regionais para tratar dessa situação.

"Nem um único presidente latino-americano telefonou para outro presidente latino-americano para perguntar o que fazer diante do fato de que estamos sendo invadidos", disse Petro nesta quinta-feira na ilha de San Andrés.

A chanceler Villavicencio assegurou que o presidente venezuelano talvez preferisse escolher um lugar "mais distante e mais tranquilo" para morar se deixar Caracas.

A diplomata insistiu em que um governo de transição "seria uma solução para a situação" de segurança na região.

"Mas [essa] é uma decisão que deve ser tomada pelos Estados Unidos e o governo Maduro em uma negociação", insistiu.

Em novembro, Villavicencio disse à Bloomberg que Maduro estava "prestes a aceitar" uma "transição" após alcançar um acordo no qual foi estipulado que não iria "para a prisão".

Depois, afirmou que suas palavras foram mal interpretadas.

A Colômbia não reconheceu as eleições de 2024 na Venezuela, nas quais Maduro foi eleito pela terceira vez, mas mantém relações diplomáticas com Caracas.

L.Leroy--JdCdC