

Israel ataca instalações militares no oeste do Irã
O Exército israelense anunciou nesta segunda-feira (23) que atacou áreas de lançamento e armazenamento de mísseis terra-terra na província de Kermanshah, região oeste do Irã, no 11º dia de confronto entre os dois países.
"Mais de 15 aviões de combate atacaram na região de Kermanshah, no Irã, neutralizando várias instalações de lançamento e armazenamento de mísseis terra-terra direcionados ao território israelense", afirmou o Exército em um comunicado.
"O Exército israelense continua seus esforços para reduzir as capacidades militares do regime iraniano", acrescenta a nota.
Israel iniciou em 13 de junho ataques em larga escala contra o Irã, visando as instalações nucleares e de mísseis do país, assim como seus comandantes militares.
No domingo, os Estados Unidos se uniram à ofensiva israelense e bombardearam três instalações nucleares iranianas.
Nesta segunda-feira, o Irã ameaçou o governo dos Estados Unidos com severas consequências por seus ataques contra as instalações nucleares da República Islâmica.
"O ato hostil (...) ampliará o alcance dos alvos legítimos das Forças Armadas da República Islâmica do Irã e abrirá o caminho para a expansão da guerra na região", declarou o porta-voz das Forças Armadas, Ebrahim Zolfaghari.
"Os combatentes do islã infligirão consequências sérias e imprevisíveis com operações (militares) poderosas e direcionadas", acrescentou na televisão estatal.
Em Israel, as sirenes soaram em várias regiões nesta segunda-feira, pouco após um alerta do Exército sobre o lançamento de mísseis do Irã.
Depois de 30 minutos sob alerta, o Exército informou que a população estava autorizada a sair dos abrigos. Os serviços de emergência não relataram feridos até o momento.
No campo diplomático, a China emitiu um alerta sobre o risco de "propagação" da guerra entre Irã e Israel.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, também afirmou que a comunidade internacional deveria fazer mais para impedir que o confronto entre Irã e Israel "tenha um impacto mais significativo no desenvolvimento econômico mundial".
Pequim faz um apelo às partes envolvidas no conflito a "evitar com determinação a propagação da guerra e retornar ao caminho de uma solução política", declarou o porta-voz.
B.Barbier--JdCdC